AS CACHAÇAS DO ARMAZEM VIEIRA
A cachaça da Ilha de Santa Catarina, sul do Brasil, é conhecida desde 1719 quando aportou o Cap. SHELVOCKE com seu navio SPEEDWELL e registrou a produção local, em livro publicado em 1726, A Voyage Round The World By The Way Of The Great South Sea. A Cachaça começo a ser produzida no início do povoamento da Ilha em 1675 e alcançou notoriedade com a imigração açoriana e madeirense, no início do século XVIII, que contribuiu na técnica de fermentação e destilação e navegantes famosos a noticiaram. 1719 Cap. Shelvocke, inglês - SPEEDWELL 1738 - Cap. Antonio Marcondes, Açoriano - SÃO JOÃO DA BOA VENTURA 1740 Cap. Anson, inglês CENTURION 1785 Cap. La Perouse, francês ASTROLABE 1803 Cap. Krusenstern, russo NADESHA 1813 Cap. Porter, americano ESSEX |
Na época a vila Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, tinha 110 engenhos de cachaça, enquanto o porto de Paraty, na capitania do Rio de Janeiro tinha 150 engenhos.
Desde 1840, a cachaça era servida em doses, no balcão do Antigo Entreposto Marítimo, hoje Armazem Vieira, onde era armazenada em grandes tonéis e distribuída em botijas de barro seladas e em barris de madeira nativa: sassafrás, ariribá e grápia, com capacidades de 80 a 300 litros. Em 1985, após ser restaurado e declarado patrimônio histórico, o Armazem Vieira passou a produzir essa cachaça para o mercado nacional e internacional, tendo suas primeiras divulgações em 1985 no Diário Catarinense e em 1987 na revista Isto É e na Revista de Bordo da Transbrasil. |
Em 1985, após ser restaurado e declarado patrimônio histórico, o Armazem Vieira passou a produzir essa cachaça para o mercado nacional e internacional, tendo suas primeiras divulgações em 1985 no Diário Catarinense e em 1987 na revista Isto É e na Revista de Bordo da Transbrasil. Desde esses anos quando se fala de cachaça se fala das cachaças Armazem Vieira. A cachaça da Ilha tem características únicas, devido ao clima, ao solo e a sua cana de açúcar tipo “cana fita” (saccharum syneensi). |